domingo, 26 de junho de 2011

Mundo

Escrevi esse texto baseado num texto de Chico Anísio entitulado "Mundo moderno, melhore", onde todas as palavras começam com "M". Achei o texto sensacional. Apesar de não chegar aos pés desse dele (nem pretendo), resolvi tentar escrever uma outra visão ligeiramente diferente desse mesmo texto, morrendo de medo de copiar mas fazendo o máximo pra não fazê-lo. Não creio estar igual, pois fazia tempo que não lia esse texto e só li novamente depois que terminei o meu. Enfim rsrs. Sugiro ver o vídeo em que Chico Anísio recita o texto: http://www.youtube.com/watch?v=qIGYZFDl174


Mundo

Mundo mais mesquinho.
Mundo malogrado.
Menos movimento, mais marasmo.
Muita maciota, malandragem.
Mais miséria, menos misericórdia.
Mais mentira, menos moral.
Maldita moleza .
Moço molenga, mandrião, malfeitor.
Mais muque, músculo malhado.
Mais moeda, motor mor.
Menos mão motriz, menos mister.
Mente molóide, miolo mole.

Mãe, mulher matrona,
megera mandona.
Materna maltratada.

Macho maioral, mito maluco.
Mulher maltratada, menos melindrosa.

Mais melanina, mais malquisto.
Mulato, mameluco malsinado.
Malvisto, meliante.
Malquerença malsoante.

Menos matrimônio, mais meretrício.
Modernismo.
Moça maquiada, moldada.
Maria magnata.
Mulher mundana, mandada.

Moço menos meigo, madrigalesco.
Mais mané, mentecapto.
Muita marra, maltrato.
Menino, moleque malvado.

Mesmo mote.
Mais mendigo, mais morte.
Menos mantimento, merenda merreca.
Mais malote.
Maconha, marcha medíocre.

Mundo monstro, mocoronga, maquiavélico.
Mundo merda.


Gustavo (Chicaum)

segunda-feira, 14 de março de 2011

sem título

O sol me esvanece a tua imagem
Miragem que precipita no horizonte
Lá por onde nuvens se desfazem
E o sol se esconde atrás do monte

Sei, pois, que tua companhia alegra
Integra meus sentimentos num só
Nó que só desata, quando, a tua espera
Acelera-me o coração sem ter-me dó

Fenece meu olhar em tua ausência
Sem essência meu sorriso se contrai
Só me trai quando insiste na insolência
E de inocência, de ti se enche e não se esvai


O suave pranto que assoma
Lava a alma da desilusão
Expurga o mal de ti, contido
No outrora sufocado coração

Doce é o sabor da lágrima, que
De teus lábios me faz lembrar
É, pois, meu último gosto de ti
É, pois, meu finado desejo de amar



Gustavo (Chicaum)

domingo, 5 de dezembro de 2010

sem título

Tuas lágrimas tocaram meu ombro
Como um doce escombro da tua alma
Que deságua em pranto ao encontro
Do único coração que te acalma

É por olhares que nos expressamos
E buscamos novamente nossa calma
Sem olheiras e soluços encontramos
Num sorriso a paz que nos ensalma




Gustavo (Chicaum)

Anda...

Anda...
Chute-me, quebre-me
em mil e um pedaços
que não vou fenecer

Não adianta...
Indague, sufoque
teu coração de retalhos
que ele vai te responder



Se tu choras tens coração
E emoção não podes esconder
Que jamais pereça de solidão
O coração que ainda insiste bater

Não vagues à deriva do acaso
Pois neste caso irei te buscar
E não tentes escapar senão te faço
Perder-te comigo pra sempre em alto-mar



Chore, esperneie
diga sem temor
que o amor pra você é novo

Sinta, permita
aprecie o sabor
refinado e que deixa louco



Anda...
Procure-me, pegue-me
renegue seu orgulho
que ainda estou aqui

Junte-me, cole-me
deixe-me inteiro
e me tome só pra ti.


Gustavo (Chicaum)

domingo, 28 de junho de 2009

Foi tempo

Tempo de vida sem pressa
De um passeio à beira-mar
De uma caminhada de mãos dadas
De admirar o luar

Tempo de ver pôr do sol
Tempo de amor verdadeiro
De fazer piquenique
De viver sem receio


Tempo de ter tempo
De aproveitar a vida
Sem faltar aos compromissos

Tempo de tomar uma bebida
Com um grupo de amigos
E andar de madrugada tranquilo


Tempo de cordialidade
De respeito e educação
Tempo de uma política
Que trata o povo como irmão


Tempo de choro de criança
Que nasce amada e acolhida
Que cresce pronta pra vida
E jamais fica desamparada

Tempo de fome suprida
Em que não se nega prato de comida
Que se preza por cada vida
E se dorme com a mente descansada.



Gustavo(Chicaum)

sábado, 14 de março de 2009

Pedaço de mim

Atirei ao céu
uma flecha que roubei
de um tal de cupido
e acertei teu coração

Atirei um boomerang
um que eu mesmo fiz
só pra buscar você
mas não voltou a minha mão


Em tantos sonhos te encontrei
e tantas vezes te beijei.
Em meio ao calor dos teus braços,
tua respiração e teus afagos
Na solidão do meu quarto acordei

Em tantas vezes eu pensei
se fiz tudo errado ou acertei
ao ter te renunciado.
Se o destino já está traçado
ou se de fato não me entreguei.


Atirei por fim um pedaço
e esse caiu na tua mão.
Pena que tenha sido em vão,
pois não era pedaço do céu
mas um retalho do meu coração.


Gustavo(Chicaum)

Natal

Sorrisos estampados nos rostos
Saboroso banquete servido à mesa
Muitos bons momentos em família
Alegrias que superam as tristezas

A alegria da criança à surpresa
Que de trenó deixou Papai Noel
O presente junto à arvore acesa
Entusiasmada rasga todo o papel

O vinho lava a alma dos males
Todas as brigas são esquecidas
O amor é brindado com cálices
Emoções verdadeiras são vividas

A magia da criança contagia
A união da família se refaz
Mas é uma pena que neste dia
Nem para todos é dia de paz

Não há mesa, banquete ou brinde
Crianças desde pequenas a aprender
Mesmo em meio a um mundo de magia
O maior presente é ter o que comer

Alguns precisam é se contentar
Em terem uns aos outros apenas
Papai presente não pode comprar
Então se atém às coisas pequenas

A generosidade é própria do homem
E Natal não é só presentes e ceia
Se há o verdadeiro amor em você
Tente fazer a felicidade alheia

Não deixe o significado se perder
Não deixe Jesus ser esquecido
Deixe o Papai Noel ser um sonho vivo
Não deixe o espírito do natal morrer.


Gustavo(Chicaum)