quarta-feira, 18 de junho de 2008

Inerte

Minha alma verte
a lágrima seca
do meu vazio

Meu olhar é perdido
em um canto qualquer
do teu sorriso

De olhos fechados
te sonho
te adoro
viajo

A chama se acende
e em silêncio
crepita


A tua voz transcende
faz-me quente
acaricia

Do que sei sou teu
o resto
é só poesia.


Gustavo (Chicaum)

domingo, 15 de junho de 2008

Violada

Benta de teus lábios minha derme
Estremece ao doce calafrio
Suave prazer que me enlouquece
Embevece meu corpo de delírio

Teu corpo nu ao sol de primavera
Teu cabelo difrata o raio que me banha
Pictórico painel de uma quimera
Traz prazer da mais profunda entranha

Nata da minha vil esperança cerceada
Infindo anseio e desvario me consomem
Por refazer de ti virgem imaculada

A mirada pura de criança adocicada
Que aprazia ao varonil calor do homem
Pervertida já se enleva malograda.


Gustavo (Chicaum)


esse é a continuação de:

http://chicolandia.blogspot.com/2008/03/soneto-do-lago.html

sábado, 7 de junho de 2008

Rumo sem vida ou vida sem rumo?

A noite me inspira e conspira
Contra minha contra-inspiração
Da vida morta e fria
Do meu gelado coração.

Belos prazeres a viver
Momentos de alegria e amor
Recordações então garantidas
Para um desfecho feliz e sem dor

Grandes árvores de concreto
Cheiro da fumaça campestre
O leite ordenhado do pacote
Os amores puros da Internet

"Vivo a vida" a minha maneira
Sem volta ao mundo ou cachoeira
Sem querer gastar o tempo "enquanto tem"

Sigo o meu caminho em linha reta
Obedeço o que minha mente decreta
Sem me punir e ter inveja de ninguém.


Gustavo(Chicaum)