segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

Still In Time

Ônibus... triste... há alguns anos... confuso... tentei um poeminha... como no ônibus tem muitos curiosos fiz em inglês... acabou virando uma música...simples, mas eu gosto...


I told you
What i feel
But you
Didn't believe me

Your fear
Of loving
Don't give me chance
To make you see

That I'm not
One more guy
That wants to hurt you
And make you cry

I'd wait you in your door
Until the moment you arrive
I'd wait you in the rain
Just to see your smile

My elbows are not
The color that you like
What you want in your life
Is not what I want in mine

If only I
Could try
I would do everything
To have you in my life

You've made your choice
But there's still time
I really want to have you
By my side, 'cause

I'm not
One more guy
That wants to hurt you
And make you cry

I'd wait you in your door
Until the moment you arrive
I'd wait you in the rain
Just to see your smile

I'd wait you forever
To see with you
The moonlight.


Gustavo (Chicaum)

Sonho

Minha primeira... simples demais... mas gosto demais...



Vi num de meus sonhos
Uma moça encantadora
Seu nome era -------
Um doce de pessoa

Perguntei à bela moça
Que fazia em meu sonho
Sorria enquanto dizia
Trago-te alegria

Mas se és mesmo fantasia
Como queres dar-me alegria?
Para dormir feliz e contente
E acordar melancólico
Sofrendo, mais um dia?

És a deusa dos meus sonhos
Sem ti mais triste serei
Juntar-me-ei a ti
E contigo dormirei
Você será minha rainha
E eu serei seu
seu rei.


Chicaum (Gustavo)

Fim do dia

Trilhando por linhas tortas
Meu caminho, vida sôfrega
Não mais me sinto aturdido
Não há mais o som das máquinas
Acolhido agora neste recinto

As vozes e sons se acalmam
Turba se desfaz em luz
Pensamentos fluem da alma
Enquanto a poesia me conduz

Ponho-me a vagar
Vago, vagão, vagaroso
Por tudo que já trilhei
As boas lembranças da vida
A saudade que ja deixei

Vejo-me pequeno menino
Com seu olhar terno, maternal
Saudosa vovó sorrindo
Lembranças do belo que passou
Lembranças de uma época especial

Aquele choro forte e vívido
Se repete em minha mente
Deus proteja meu menino
Tanto hoje como sempre

Lembranças mais poderia ter
Porém me limito até aqui
As forças que ainda me restam
Ainda hão de me exigir

Deixo a caneta para depois
Para outra ocasião como esta
Ficaria horas lembrando do tempos bons
Que alegram e acendem o coração
Mas levaria toda a vida que me resta

Penso agora no que há a minha frente
Presente e futuro, logo passados
Labuta digna, trabalho de orgulho
Cimento, tinta, martelo, entulho
Homem feliz, no fim do dia revigorado.


Chicaum (Gustavo)

Canto do Jardim

Entrou, ó bela intrusa
Em minha vida inssossa
Chamar-lhe-ei minha querida
Em um tom que não ouça

Não, não ouve ainda!
Pois assim mais posso cultivar
Essa bela rosa que floresce
Até o momento do jardim, que cresce
Um doce perfume poder exalar

Ouço um canto feliz
O canto da passarada
Cantam o jardim, cantam o amor
Cantam a canção da minha amada

Temo, mais que tudo, temo, temo!
Que tal canto desafine, cesse
Se quando finalmente lhe cantar
Se de seu agrado será
Ou se de vez meu jardim adormece

Meu canto é você, por você, para você
Já não sei se dele sou digno
Mas não tenho nenhuma escolha
Antes que esse amor no coração se recolha
Direi de uma vez por todas o que já devia ter dito

Porém, dizer apenas não basta
Há de se tocar nas entranhas
Usar a palavra amor de forma vã?
Sacrilégio tal Deus não me escolha

Finalmente digo, camafeu
Olhos de esmeralda, pele branca e alva
Faz de mim seu Romeu
Faça-se minha, deixe-me ser teu
Deixe-me colher a flor mais perfumada

Que tal perfume nunca se esvaia
Continue sempre a me inebriar
Que cada beijo seja o primeiro
Envolva-me, domine-me por inteiro
Por noites e mais noites de luar.


Chicaum (Gustavo)

Madrugada

Hora de esquecer da vida
Direito, talvez dever, amortizante
Bagagem mental pesava
Agora se torna pluma alada

Fogo aceso, palha seca
Queima desenfreada
Chama negra, fugidia
Traduz meu coração na madrugada

Noite, sono, a mente dorme
Razão mais não existe
Como no álcool, euforia
Depois sensação de vazio, triste

Vale às vezes insanidade
Dentro dos limites da burrice
Fazer o que não se faria
Fazer o que a maldita timidez não permite!

Vida efêmera, ih, passou...
Tempo precioso se deixa esgotar
Talvez dançar um bem me faria
Abrir uma porta para a porta do coração se arrombar

Drama tosco, patético
A isso me resumo?
Viver vivo, modesto
Mas às vezes queria poder dizer: eu não presto!
Sair e voltar pro meu mundo.


Chicaum (Gustavo)

Mãos

A mão é o instrumento
Do bem e do mal
É a que constrói uma virtude
Ou destrói uma moral.

Se lhe estendem a mão
Não se sabe a intenção
Se é alguma caridade
Ou a força da ambição

A mão do cego
Enxerga ao tatear
A mão que acaricia
A criança pode ninar

A mão do bandido
Espera o momento de atacar
Patas também são mãos
Que fazem o gato o muro pular

A mão que à moça se pede
Quando se deseja casar
A mão que se dá a quem precisa
Para depois Deus lhe recompensar

As mãos falam
As mãos sentem
Pois os sentidos
As nossas sensações
Para nós mesmos jamais mentem.


Chicaum (Gustavo)

Nostalgia

Lágrimas descabidas
Descem sem permissão
Trazem o antigo
Belo modo de amar
De crianças inocentes
Brincando de mãos dadas
Só e mais nada.
Das flores cheirosas
Na janela felizes
Sede suprida
Pela terna senhora
Rodeada de netos
E à mesa o pão-de-ló.

Segura como se fosse
Num falso gesto se romper
Mão de porcelana, delicada
Da moça por quem suspira
De desejo puro
Que jamais na vida sentira
Seus olhos, seu toque
Saciam mais que as carícias.

Preso a esses pensamentos
De estranha nostalgia
De algo que jamais viveu
Algo que jamais sentira
Vê que é triste
Mesmo cheio de amor?
Cheio de vazio.


Chicaum (Gustavo)

Ritmo

Humano estranha máquina
Robô sofisticado
Maestro de si mesmo

Aos pulsos trabalha
Peristalteia cadenciado
Coração de firme intento

O treinador gesticula e dita
Sua experiência verso a verso
Extraindo da mente o arquétipo
Que do teórico se faz concreto
Em harmonia sincopados

O músico busca de si mais vida
E em cada nota um tom de afeto
Extirpando o que há de mais quieto
De mais brusco, de indiscreto
Em caótica ordem ritmados

Dá ao homem a vida
Dá à Terra movimento
Dá prazer ao sexo
Dá sentido ao mundo
Dá nexo a esse tal amor
Inexorável sentimento
Num ritmo constante
Que se tece a existência
De cada ser palpitante
De cada corpo vivente
Ó irônica sincronia
Que nos une de forma tão plena!


Chicaum (Gustavo)

Sinceridade

O que se diz não é
Sempre o que se quer dizer
Meias verdades inocentes
Ou mentiras para se abster

O que se diz não é
Sempre o que se vê
Por um sorriso, bobo
Tolos, deixamo-nos ser

Palavras são ditas
Umas outras foragidas
Se ou não verossímeis...
Mentes alheias de curiosidade padecidas

Amigos valem mais que ouro
Amor de irmão, o olhar irradia
Ás costas bem dizer descontrolado
Á frente desconfiável idolatria

O que se diz a quem se estima
Não vem do além, vem do coração
Para poupar do sofrer, porém
Inverdades descabidas tornam-se solução

O que se diz não é
Sempre o que se vê ou quer dizer
Mas para manter o equilíbrio
Tolos, deixamo-nos ser

Porém o sofrer estamos preparando
Para um futuro próximo, inesperado
Surpresas algumas deveras chocantes
Ao ser-humano-amigo-amado

Dizer a alguém o que se vê
É um bem querer, presente preocupação
Adiar a verdade crua, pura
É planejar um momento de consolação

Há de se ter uma forte convicção
Se a amizade tem os pés no chão
Para certas coisas poder dizer
É necessária tamanha compreensão

Não sendo omisso
Paz maior terá
Somente assim
Pode-se em alguém confiar

Sinceridade genuína
Não viaja por meios diretos
Espalha-se por supostos figurantes
Chegando ironicamente ao destino certo

Esta sim, sinceridade cristalina
Sinceridade virgem, inviolada
Sinceridade divina, sagrada
Sinceridade do fundo da alma

A menor distância entre dois pontos é a reta
Porém este nem sempre é o melhor caminho
Propague o que a humildade alheia esconde
Que em breve a recompensa bate à porta, sorrindo.


Chicaum (Gustavo)

Enganoso

A gente corria na chuva
Cheiro da terra molhada
O vento trazia paixão
A água as mágoas levava

O cabelo molhado no seu rosto
Instinto selvagem de menina
Seu sorriso iluminava a noite
Olhar profundo que não termina

A lua de ciúme mais brilhava
Esforço vão perante tua beleza
Até belo astro, luminoso
Mas não da sua grandeza

Sábia jovem de bela voz
Era um dom de natureza
Onde penetravam suas palavras
Já não havia mais a tristeza

Agora vejo-me aqui a sós com a chuva
A lua já não é mais a mesma
A água não cai mais animada
A noite não tem mais beleza

Tudo porque você
Mostrou-me flores sem espinhos
Levou-me ao auge do fervor
Fez-me viver no paraíso

A perfeição foi meu engano
Julgo agora tudo de outra forma
Aquilo que te deixa feliz
Um dia te deixa e vai embora

O que sobra é cinza
Vida retalhada
Marca forte, na pele
Marca da escolha malograda

Mentalidade nova, madura
Cautela constante a vida inteira
Tudo que é bom se torna belo
Mas nem sempre a recíproca é verdadeira.


Chicaum (Gustavo)

domingo, 16 de dezembro de 2007

Soldado tolo

O soldado retorna heróico
Pelo triunfo de seu feito
Dever por hora cumprido
Orgulho ardendo no peito

Brados de dor ouviu
Entranhas pôs em exposição
Um mar de sangue jorra
Assim exige a ordenação

Grandes crianças de rixa
Mutilando uns aos outros
Balas ao invés de pedras
Mortes ao invés de acordos

Rosto sulcado de preocupação
Esperando uma silhueta ao horizonte
Espera o retorno do seu menino
Que se fez homem no fronte

Apertado o coração insiste em bater
Olhar lúgubre de mãe desolada
Dor da perda à notícia
Do seu filho, de uma vida
De forma vã imolada

Contados como grãos de areia
Homens se vão pela nação
Esquece-se que são vidas
Esquece-se que neles bate um coração

o Chefe manda e desmanda
Carrasco-mor, dono da desgraça
Ambiciona o poder, a vitória
Exterminando sua própria raça

No final restam cinzas, carne queimada
Insignificante turba de ossos
Vivos, racionais seriam mais valorosos
Guerra maldita que não leva a nada!

Será que ao relento jazem tão orgulhosos?


Chicaum (Gustavo)

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Aguaceiro

Hoje levei o guarda-chuva
Mas não sei que aconteceu
Por todo lado vinha água
Foi o dia que mais choveu.

Vi a calçada sumir
Vi um ciclista fazendo tubo
Vi uma velhinha ensopada
Gritando: motorista vagabundo!

Vi um ambulante desesperado
Querendo garintir seu emprego
A tampa do isopor tinham roubado
Garoto, volta, isso não é brinquedo!

As horas passavam devagar
E eu ilhado no ponto escuro
Esperando um barco de resgate
Ou quiçá uma roupa de mergulho.

A água subia mais e mais
E eu já na ponta dos pés
Agarrei-me numa tábua
E com uma outra eu remei.

Singrei por várias ruas, avançando sinal
Por onde passava era aclamado.
De repente virei uma atração
De jangada no piscinão
Passeando pelo bairro alagado.

Cheguei ao meu destino
Aportei em meu quintal
De tudo que eu tinha
Só restou a minha nau.

Agora de volta à vida dura
Limpo a casa, o barro que invadiu
Pois pra água que veio de baixo
Guarda-chuva não me serviu.


Chicaum (Gustavo)

Cabra Lorenço

Pai já piscou a varanda
Mas nós ficamo a prosear
Dada as mão por entre as grade
Pra mod'amor me declarar

Numa risadinha faceira
A alça do vestido escorregou
Eu já enbaralhei as palavra
Mas o sopro do teu supiro me lembrou

Meu coração ardeu do ferro quente
Que teu olhar de dúvida me fincou
Já tava pensando no pior
Adiantando a minha dor.

Fui embora sem nenhuma resposta
Queimando as entranha por dentro
Voltei lá então confiante
Vi outro cabra na porta batendo

Tal dor não eu não aguentei
E não fiquei ali paradão
Esperei o cabra sair
E cravei a foice no coração.

Não se brinca com o Lorenço
Ninguém passa ele pra trás
A mulher agora é só minha
Outra opção já não tem mais

Passei lá de noitinha
E ela me recebeu ao pranto
Seu irmão mal tinha vindo
E o encontraram morto num canto

Meu coração ardeu do ferro quente
Do erro fatal que me pregou
Essa vida ingrata e triste
Que agora me-se acabou.

A alça do vestido caiu
Mas de tão triste não notou
Despedi sem cerimônia
Fui pensar em que eu sou.

Na vida eu sempre ouvi
Que é só Deus então
Que tira a vida do homem
Que faz parar o coração

Deus dá a vida
Mas só garante o começo
Eu de tão miserável
Esse dom já não mereço.

Livro então dum fardo
Esse mundo cheio de homem bão
Dou à terra esse miserável
Que dela não merece nem o chão.



Chicaum (Gustavo)

Inauguração

Declaro como inaugurado esse recanto
De alegrias e pesares,
De bens e males
Que recitam quem sou

Recanto de imagens
De poesia
De bobagens
De mi verdadero yo.

rsrsrs