Entrou, ó bela intrusa
Em minha vida inssossa
Chamar-lhe-ei minha querida
Em um tom que não ouça
Não, não ouve ainda!
Pois assim mais posso cultivar
Essa bela rosa que floresce
Até o momento do jardim, que cresce
Um doce perfume poder exalar
Ouço um canto feliz
O canto da passarada
Cantam o jardim, cantam o amor
Cantam a canção da minha amada
Temo, mais que tudo, temo, temo!
Que tal canto desafine, cesse
Se quando finalmente lhe cantar
Se de seu agrado será
Ou se de vez meu jardim adormece
Meu canto é você, por você, para você
Já não sei se dele sou digno
Mas não tenho nenhuma escolha
Antes que esse amor no coração se recolha
Direi de uma vez por todas o que já devia ter dito
Porém, dizer apenas não basta
Há de se tocar nas entranhas
Usar a palavra amor de forma vã?
Sacrilégio tal Deus não me escolha
Finalmente digo, camafeu
Olhos de esmeralda, pele branca e alva
Faz de mim seu Romeu
Faça-se minha, deixe-me ser teu
Deixe-me colher a flor mais perfumada
Que tal perfume nunca se esvaia
Continue sempre a me inebriar
Que cada beijo seja o primeiro
Envolva-me, domine-me por inteiro
Por noites e mais noites de luar.
Chicaum (Gustavo)
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