segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

Fim do dia

Trilhando por linhas tortas
Meu caminho, vida sôfrega
Não mais me sinto aturdido
Não há mais o som das máquinas
Acolhido agora neste recinto

As vozes e sons se acalmam
Turba se desfaz em luz
Pensamentos fluem da alma
Enquanto a poesia me conduz

Ponho-me a vagar
Vago, vagão, vagaroso
Por tudo que já trilhei
As boas lembranças da vida
A saudade que ja deixei

Vejo-me pequeno menino
Com seu olhar terno, maternal
Saudosa vovó sorrindo
Lembranças do belo que passou
Lembranças de uma época especial

Aquele choro forte e vívido
Se repete em minha mente
Deus proteja meu menino
Tanto hoje como sempre

Lembranças mais poderia ter
Porém me limito até aqui
As forças que ainda me restam
Ainda hão de me exigir

Deixo a caneta para depois
Para outra ocasião como esta
Ficaria horas lembrando do tempos bons
Que alegram e acendem o coração
Mas levaria toda a vida que me resta

Penso agora no que há a minha frente
Presente e futuro, logo passados
Labuta digna, trabalho de orgulho
Cimento, tinta, martelo, entulho
Homem feliz, no fim do dia revigorado.


Chicaum (Gustavo)

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