quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Aguaceiro

Hoje levei o guarda-chuva
Mas não sei que aconteceu
Por todo lado vinha água
Foi o dia que mais choveu.

Vi a calçada sumir
Vi um ciclista fazendo tubo
Vi uma velhinha ensopada
Gritando: motorista vagabundo!

Vi um ambulante desesperado
Querendo garintir seu emprego
A tampa do isopor tinham roubado
Garoto, volta, isso não é brinquedo!

As horas passavam devagar
E eu ilhado no ponto escuro
Esperando um barco de resgate
Ou quiçá uma roupa de mergulho.

A água subia mais e mais
E eu já na ponta dos pés
Agarrei-me numa tábua
E com uma outra eu remei.

Singrei por várias ruas, avançando sinal
Por onde passava era aclamado.
De repente virei uma atração
De jangada no piscinão
Passeando pelo bairro alagado.

Cheguei ao meu destino
Aportei em meu quintal
De tudo que eu tinha
Só restou a minha nau.

Agora de volta à vida dura
Limpo a casa, o barro que invadiu
Pois pra água que veio de baixo
Guarda-chuva não me serviu.


Chicaum (Gustavo)

Um comentário:

Anônimo disse...

seria comico se nao fosse tragico
mas pera ai
foi comico
vc nunca enfrentou uma enchente, enfrentou?
sei la
agua ela canela e tentando levantar os moveis
se bem q nao achei tão ruim assim nao