domingo, 23 de março de 2008

Soneto do Lago

Velho carvalho sombreia teu rosto
Oculta teu olhar intenso e terno
De morango tua boca tem gosto
Em teu gosto eu me sinto eterno

Saboroso vinho se faz do mosto
Revela por fim da veste a perdição
Embaralha-se ardente a mim arrosto
Entregue arrouba em cabal rendição

O vento brando agita o lago a eito
Enquanto ao seu leve toque deliro
E as ondas nos embalam o deleito

Embriagada jaz sobre meu peito
Em volúpia me aquece teu suspiro
E teus meandros encontram o leito.


Gustavo (Chicaum)



OBS: peço licença para usar deleito ao invés do correto deleite =). senão ferra tudo...

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